domingo, 8 de fevereiro de 2015

ASSASSINATO DA IRMÃ DOROTHY STANG COMPLETA 10 ANOS



Hoje o Psol VR esteve presente no assentamento Irmã Dorothy (MST) em Quatis, junto à demais movimentos sociais da região.

Morta a tiros em Anapu, no Pará, a missionária era uma liderança popular, e atuava junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT) em defesa dos projetos de democratização da terra. A luta de Irmã Dorothy criou, durante 30 anos, muitos obstáculos aos interesses de madeireiros e latifundiários da região. Um ano após o crime, foram condenados seus executores Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, que receberam penas de 27 anos e 17 anos de reclusão, respectivamente. No entanto, os mandantes ainda não foram julgados.
O episódio deixou evidente as conseqüências da estrutura fundiária no Brasil e a omissão do Estado. Os problemas estruturais que causaram a morte da religiosa continuam sem solução. A situação fundiária continua sendo responsável pelas injustiças cometidas contra sem terras, ativistas, posseiros e indígenas.
Recentemente a nova ministra da agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), disse não haver mais latifúndios no Brasil. É inadmissível permanecermos estáticos a este cenário em que fica claro o interesse do atual governo em garantir terras para grandes produções e riquezas sem função social em detrimento da garantia do direito à terra e moradia para o povo. Enquanto cercas são fincadas separando o "produtivo" do "improdutivo" pessoas como a irmã Dorothy nos deixam mais cedo. Mas deixam também o sonho já alicerçado, a ser realizado, de um mundo mais justo e igualitário.
Irmã Dorothy, PRESENTE!

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